This article analyzes period poverty based on interviews with six girls living in a region on the outskirts of the city of Porto Alegre (Brazil). The results of the qualitative study reveal some realities that are behind the numbers. The lack of information about menstrual health, menstrual cycles, and the limited self-awareness about the body became evident. All the interviewed adolescents who sought health services due to any menstrual or body-related issues during puberty received a racist, sexist, or ageist treatment or a combination of these prejudices. Their accounts regarding access to menstrual hygiene products and sanitation infrastructure do not fully correspond to the data on period poverty: the girls have access to disposable sanitary pads during menstruation, clean water, and bathrooms in usable conditions. The stories told by the teenagers expand the discussion about period poverty as they highlight cultural factors related to their menstrual experiences. Their accounts also show that initiatives and public policies to combat menstrual precariousness cannot be limited to the material field and point to the need for systemic cultural changes to combat racism, sexism, and ageism. Este artigo analisa a pobreza menstrual a partir de entrevistas com seis meninas que vivem em uma regi & atilde;o da periferia da cidade de Porto Alegre (Brasil). Os resultados do estudo qualitativo mostram algumas realidades que escapam aos n & uacute;meros. A desinforma & ccedil;& atilde;o sobre sa & uacute;de menstrual, sobre ciclos menstruais e o pouco autoconhecimento sobre o corpo ficou evidente. Todas as adolescentes entrevistadas que procuraram o servi & ccedil;o de sa & uacute;de por alguma quest & atilde;o menstrual ou relacionada ao corpo na puberdade receberam um atendimento racista, machista ou etarista, ou marcado pela soma desses preconceitos. Seus relatos sobre o acesso a produtos de rotina menstrual e a infraestrutura de saneamento n & atilde;o correspondem plenamente aos dados de pobreza menstrual: as meninas t & ecirc;m acesso a absorventes descart & aacute;veis durante a menstrua & ccedil;& atilde;o, a & aacute;gua pot & aacute;vel e a banheiros em condi & ccedil;& otilde;es de uso. As hist & oacute;rias narradas pelas adolescentes ampliam o debate sobre pobreza menstrual na medida em que sublinham fatores culturais relacionados & agrave;s suas experi & ecirc;ncias menstruais. Seus relatos tamb & eacute;m evidenciam que iniciativas e pol & iacute;ticas p & uacute;blicas de combate & agrave; precariedade menstrual n & atilde;o podem se limitar ao campo material e apontam para a necessidade de mudan & ccedil;as culturais sist & ecirc;micas que combatam o racismo, o sexismo e o etarismo. El presente art & iacute;culo analiza la pobreza menstrual desde un conjunto de entrevistas a seis ni & ntilde;as de un barrio de la periferia de la ciudad de Porto Alegre (Brasil). Los resultados del estudio cualitativo indican algunas realidades que escapan a los n & uacute;meros. Quedaron evidentes la desinformaci & oacute;n sobre la salud menstrual y sobre los ciclos menstruales, as & iacute; como el escaso autoconocimiento sobre el cuerpo. Todas las adolescentes entrevistadas que recurrieron a los servicios p & uacute;blicos de salud por temas menstruales o relativos a los cuerpos en la pubertad tuvieron una atenci & oacute;n racista, machista o edadista - o caracterizada por todos esos prejuicios. Los relatos de las ni & ntilde;as sobre su acceso a los productos para rutina menstrual y a la infraestructura de saneamiento no reflejan totalmente los datos sobre pobreza menstrual: las ni & ntilde;as tienen acceso a toallas femeninas, agua potable y ba & ntilde;os en condiciones de uso. Las historias narradas por ellas expanden el debate sobre pobreza menstrual a la vez que subrayan los factores culturales que se relacionan con sus experiencias menstruales. Sus relatos tambi & eacute;n hacen evidente que las iniciativas y las pol & iacute;ticas p & uacute;blicas para combatir la precariedad menstrual no pueden estar restringidas al campo material. Asimismo, apuntan a la necesidad de cambios culturales sist & eacute;micos que combatan el racismo, el sexismo y el edadismo.